- O que é o agravo de petição?
- Definição legal e origem
- Contexto do processo trabalhista
- Quando cabe o agravo de petição?
- Fase de execução trabalhista
- Hipóteses de cabimento
- Requisitos e prazo do agravo de petição
- Prazo de oito dias e contagem
- Delimitação de matérias e valores
- Outros requisitos essenciais
- Efeitos e tramitação do agravo de petição
- Efeito suspensivo e exceções
- Julgamento pelos TRTs
- Como elaborar a peça: Checklist e modelo
- Estrutura obrigatória
- Exemplo prático e erros a evitar
- Erros comuns e como evitá-los
- Estratégias práticas para evitar falhas
- Benefícios de uma boa estrutura recursal
- Como a tecnologia ajuda na petição
- Benefícios da Cria.AI e segurança jurídica
- Comparativo rápido: Agravo de Petição × Outros Recursos
- Diferenças principais
- Aplicação prática
- Conclusão e próximos passos
- Próximos passos para o advogado autônomo
O que é o agravo de petição?
O agravo de petição é um recurso trabalhista essencial utilizado na fase de execução. Ele permite impugnar decisões que afetem o cumprimento da sentença. Assim, é uma ferramenta indispensável para proteger direitos e garantir a legalidade do processo.
Previsto no artigo 897, alínea “a”, da CLT, o agravo de petição é cabível contra decisões do juiz ou presidente na execução trabalhista. Diferente do processo civil, esse recurso só existe na Justiça do Trabalho.
Art. 897 – Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992)
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992)
Além disso, o agravo de petição busca corrigir equívocos na execução, como erros de cálculo, penhoras indevidas ou inclusão incorreta de responsáveis. Ele atua para evitar prejuízos e assegurar o cumprimento justo da sentença.
De forma geral, o agravo de petição mantém o equilíbrio processual, já que oferece uma via recursal específica para impugnar decisões executórias.
Por isso, ele garante o duplo grau de jurisdição e reforça o princípio constitucional do devido processo legal.

Definição legal e origem
A base legal do agravo de petição está no artigo 897 da CLT, que determina: “Cabe agravo, no prazo de oito dias, das decisões do juiz ou presidente, nas execuções”.
O prazo é contado em dias úteis, conforme o artigo 775 da CLT, incluído pela Reforma Trabalhista.
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
Historicamente, o agravo de petição surgiu no Código de Processo Civil de 1939, mas foi extinto no CPC de 1973 e não voltou no de 2015.
Ainda assim, o legislador o manteve no processo do trabalho, reconhecendo sua relevância na execução de créditos trabalhistas.
Contexto do processo trabalhista
Durante a execução, o juiz busca efetivar o que foi decidido na sentença. Nesse momento, o agravo de petição atua para revisar decisões injustas. Assim, ele evita prejuízos ao executado e garante o recebimento correto pelo exequente.
O recurso também promove a celeridade processual, pois permite corrigir irregularidades sem necessidade de nova ação.
Após interposto, o juiz analisa sua admissibilidade, e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) julga o mérito. Dessa forma, o sistema preserva o controle e a imparcialidade na fase executória.
Quando cabe o agravo de petição?
O agravo de petição é cabível apenas na fase de execução, conforme a Consolidação das Leis do Trabalho. Ele serve para questionar decisões terminativas ou definitivas, que causem prejuízo à parte.
Entre as situações mais comuns estão as decisões que envolvem embargos à execução, embargos de terceiro, cálculos de liquidação e penhoras de bens.
Além disso, o recurso pode ser utilizado contra decisões que extinguem parcial ou totalmente a execução.
Contudo, é importante lembrar que decisões interlocutórias não admitem agravo de petição. O artigo 893, §1º, da CLT reforça essa regra, limitando o recurso apenas às decisões definitivas.
Art. 893 – Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949)
I – embargos; (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949)
II – recurso ordinário; (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949)
III – recurso de revista; (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949)
IV – agravo. (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949)
§ 1º Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio juízo ou tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias sòmente em recurso da decisão definitiva. (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)
Fase de execução trabalhista
Durante a execução, surgem discussões sobre a forma de cumprimento da sentença, valores devidos e responsabilidade dos executados. Nessas hipóteses, o agravo de petição é o instrumento adequado para garantir revisão judicial.
A Súmula 214 do TST admite o agravo em casos excepcionais, quando a decisão interlocutória causar gravame irreversível. Assim, preserva-se o direito de defesa e evita-se prejuízo futuro.
O recurso também contribui para uniformizar entendimentos e garantir coerência nas decisões, reforçando a segurança jurídica no processo do trabalho.
Hipóteses de cabimento
O agravo de petição é cabível contra:
- Decisões que julgam embargos à execução ou embargos de terceiro;
- Decisões que acolhem exceção de pré-executividade com efeito terminativo;
- Determinações que negam ou reconhecem responsabilidade solidária;
- Decisões que extinguem total ou parcialmente a execução.
Essas hipóteses demonstram que o agravo de petição atua de forma prática e objetiva. Ele garante que cada decisão seja reavaliada sob critérios de legalidade e proporcionalidade.
Requisitos e prazo do agravo de petição
O agravo de petição deve observar requisitos legais específicos para ser admitido. Esses critérios asseguram a validade do recurso e evitam nulidades processuais.
Prazo de oito dias e contagem
O prazo para interpor o agravo de petição é de oito dias úteis, conforme os artigos 897 e 775 da CLT. Se o prazo terminar em feriado, sábado ou domingo, ele é automaticamente prorrogado para o próximo dia útil.
Quando o recurso é apresentado pela Fazenda Pública, Defensoria Pública ou Ministério Público do Trabalho, o prazo dobra para dezesseis dias úteis.
Portanto, essa regra respeita o princípio da paridade de armas, garantindo tempo adequado para defesa institucional.
Delimitação de matérias e valores
O §1º do art. 897 da CLT exige que o agravante delimite, justificadamente, as matérias e os valores impugnados. Essa regra evita recursos genéricos e assegura que o tribunal analise apenas os pontos contestados.
§ 1º – O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. (Redação dada pela Lei nº 8.432, de 1992)
A Súmula 416 do TST reforça essa exigência. Assim, o recurso deve indicar claramente quais valores estão em discussão e quais não geram controvérsia.
Ainda, a parte incontroversa pode ser executada de imediato, garantindo celeridade.
Outros requisitos essenciais
Além da tempestividade e da delimitação, o agravo de petição requer legitimidade da parte, interesse recursal e ausência de fatos impeditivos.
As custas processuais são pagas somente ao final da execução, conforme o art. 789-A da CLT. Não há necessidade de depósito recursal, já que a garantia do juízo é feita na fase de conhecimento.
Art. 789-A. No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e pagas ao final, de conformidade com a seguinte tabela: (Incluído pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
Dessa forma, os requisitos asseguram que o agravo seja processado corretamente, com total respeito aos princípios da efetividade e da razoabilidade.
Efeitos e tramitação do agravo de petição
O agravo de petição é um recurso dotado, em regra, de efeito devolutivo, conforme o artigo 899 da CLT. Isso significa que o recurso devolve à instância superior o exame da matéria impugnada.
Assim, o Tribunal Regional do Trabalho reavalia os fundamentos e decide se mantém ou reforma a decisão.
O efeito devolutivo, portanto, não suspende a execução. A parte contrária pode seguir com a cobrança sobre os valores incontroversos, o que mantém o processo em andamento.
Por essa razão, essa característica reforça a celeridade e a efetividade da execução trabalhista, princípios centrais do Direito do Trabalho.
Efeito suspensivo e exceções
Embora o agravo de petição não tenha efeito suspensivo automático, o juiz pode concedê-lo de forma excepcional. Para isso, a parte deve provar a possibilidade de grave dano ou difícil reparação caso a execução prossiga.
A jurisprudência trabalhista admite essa exceção quando há risco concreto de prejuízo irreversível. O TRT da 4ª Região, por exemplo, já reconheceu o efeito suspensivo em situações nas quais a execução poderia inviabilizar financeiramente o executado.
Assim, a Justiça do Trabalho mantém equilíbrio entre agilidade e segurança jurídica.
Julgamento pelos TRTs
Depois de interposto, o agravo de petição é analisado quanto à admissibilidade pelo juiz da execução. Se estiver regular, o processo é remetido ao TRT competente.
Cada Tribunal Regional do Trabalho julga o agravo conforme suas Turmas. O colegiado avalia os argumentos, reexamina cálculos, bens penhorados e fundamentos da decisão. O acórdão pode reformar, anular ou manter a decisão recorrida.
Esse rito assegura transparência e duplo grau de jurisdição, evitando decisões arbitrárias e garantindo previsibilidade no cumprimento das sentenças.
Como elaborar a peça: Checklist e modelo
A elaboração do agravo de petição exige atenção técnica e clareza jurídica. A petição deve demonstrar domínio sobre os requisitos legais e apresentar argumentos precisos. Por isso, o ideal é seguir uma estrutura lógica e completa.
Estrutura obrigatória
O recurso precisa conter endereçamento correto, qualificação das partes, síntese da decisão agravada, fundamentação jurídica e pedidos finais.
Ainda, é obrigatório anexar cálculos, documentos comprobatórios e indicar de forma clara as matérias impugnadas.
O advogado deve ainda delimitar os valores questionados, fundamentar cada ponto com artigos da CLT, súmulas e jurisprudências e solicitar o provimento do agravo.
Para facilitar a prática, segue o checklist essencial:

Esse formato garante objetividade e aumenta a chance de admissão e provimento do recurso.
Exemplo prático e erros a evitar
Na prática, o agravo de petição deve ser redigido de forma direta. O advogado deve evitar linguagem genérica e petições extensas sem foco jurídico. O TRT exige argumentação fundamentada e objetiva, com base na CLT e nas decisões do TST.
Erros comuns incluem:
- Falta de delimitação de valores;
- Ausência de fundamentos legais claros;
- Petição sem prova documental;
- Uso de linguagem rebuscada ou confusa.
Evitar esses erros é essencial para garantir que o agravo seja conhecido e analisado adequadamente.
Ademais, o uso de plataformas jurídicas automatizadas, como a Cria.AI, pode otimizar a elaboração da peça. Essas ferramentas ajudam a organizar argumentos e calcular prazos com precisão, reduzindo riscos de indeferimento.
Erros comuns e como evitá-los
Mesmo advogados experientes cometem falhas ao redigir um agravo de petição. Isso ocorre principalmente pela falta de atenção a detalhes formais exigidos pela CLT.
Nesse sentido, entre os equívocos mais recorrentes está o não atendimento ao §1º do art. 897 da CLT, que exige a delimitação de matérias e valores.
Por isso, recursos genéricos são frequentemente inadmitidos pelos tribunais, o que prejudica o cliente e atrasa a execução.
Outro erro comum é o desrespeito ao prazo recursal. A contagem deve ser feita apenas em dias úteis, e qualquer perda de prazo torna o recurso intempestivo.
Estratégias práticas para evitar falhas
Para garantir eficiência, o advogado deve criar um checklist processual interno. Ele deve verificar:
- Prazo correto de interposição;
- Delimitação de matérias e valores;
- Fundamentação baseada em artigos e súmulas;
- Inclusão de provas e cálculos revisados.
Além disso, é recomendável utilizar modelos de petições testados ou automatizados, como os oferecidos pela Cria.AI, que garantem adequação formal e coerência argumentativa.
Benefícios de uma boa estrutura recursal
Uma petição bem redigida aumenta as chances de sucesso e transmite profissionalismo. Além disso, reduz riscos de nulidade e agiliza a tramitação.
Em síntese, quando o recurso é fundamentado com base legal e delimitado corretamente, o TRT tende a apreciá-lo com maior segurança.
Como a tecnologia ajuda na petição
A tecnologia jurídica mudou a forma de elaborar o agravo de petição. Hoje, ferramentas como a Cria.AI auxiliam advogados em cada etapa do recurso. Com isso, é possível otimizar tempo e reduzir erros.
Essas plataformas automatizam cálculos, organizam fundamentos legais e sugerem trechos argumentativos com base em jurisprudência atualizada. Assim, o advogado trabalha com mais agilidade e consistência, sem comprometer a qualidade técnica.
Ainda, o uso de inteligência artificial garante padronização e segurança jurídica, especialmente em petições repetitivas. O sistema analisa documentos, identifica prazos e verifica a conformidade com os artigos da CLT e súmulas do TST.
Benefícios da Cria.AI e segurança jurídica
O principal benefício da Cria.AI é eliminar falhas formais e aumentar a produtividade. Ela sugere estrutura completa de agravo de petição, conforme o art. 897 da CLT, com campos automáticos para delimitação de matérias e valores.
Outro diferencial é o banco de dados de jurisprudências recentes. Assim, o advogado fundamenta o recurso de forma precisa, alinhando-se às decisões dos Tribunais Regionais do Trabalho.
Com isso, o profissional reduz o risco de indeferimento e garante maior clareza argumentativa. Ao usar automação jurídica, é possível focar no conteúdo estratégico e aprimorar a defesa técnica do cliente.
A tecnologia também assegura confiabilidade processual, já que gera petições revisadas conforme os critérios de admissibilidade. Portanto, o agravo de petição se torna mais eficaz e bem estruturado.
Comparativo rápido: Agravo de Petição × Outros Recursos
Sendo assim, entender as diferenças entre o agravo de petição e outros recursos trabalhistas é essencial para escolher o instrumento correto. Cada modalidade possui finalidade e efeitos próprios dentro do processo.
O agravo de petição é cabível apenas na fase de execução. Já o recurso ordinário se aplica na fase de conhecimento, quando se questiona o mérito da sentença.
O agravo de instrumento, por outro lado, é utilizado para destrancar recursos negados pelo juízo de origem. Assim, cada um possui papel específico e não se confundem entre si.
Diferenças principais

Essa diferenciação evita o uso incorreto do recurso e demonstra domínio técnico sobre o procedimento.
Aplicação prática
Na prática, o advogado deve identificar a natureza da decisão antes de recorrer. Se ela ocorrer na execução, o agravo de petição é o caminho certo. Caso o juiz negue outro recurso, o agravo de instrumento é o adequado.
Assim, compreender o momento processual garante eficiência e impede a perda de prazos. Essa análise técnica reflete profissionalismo e melhora o resultado do caso.
Conclusão e próximos passos
O agravo de petição é um instrumento essencial para a advocacia trabalhista. Ele garante o controle das decisões executórias e preserva o equilíbrio entre as partes.
Dominar sua estrutura e requisitos diferencia o advogado autônomo e fortalece sua atuação.
O recurso deve ser objetivo, fundamentado e delimitado. Cada elemento, como prazo, matéria e valores, precisa estar bem definido, conforme o art. 897 da CLT e a Súmula 416 do TST. Dessa forma, o agravo ganha força e legitimidade diante dos tribunais.
Ademais, compreender seus efeitos e limitações evita frustrações processuais. Saber quando o agravo de petição cabe, e como apresentá-lo corretamente, é uma habilidade estratégica indispensável na prática forense.
Próximos passos para o advogado autônomo
O advogado que domina o agravo de petição se destaca no mercado jurídico. Para alcançar esse nível de excelência, é importante:
- Estudar a CLT e as súmulas aplicáveis;
- Usar plataformas inteligentes, como a Cria.AI, para automatizar petições;
- Manter um banco de modelos revisados;
- Atualizar-se sobre jurisprudências do TST e TRTs.
Essas práticas consolidam a credibilidade profissional e otimizam resultados.
Ainda, utilizar ferramentas de automação jurídica representa uma vantagem competitiva. A Cria.AI permite gerar petições completas e compatíveis com a CLT em minutos, apenas para o advogado revisar. Isso economiza tempo e garante segurança ao cliente.
Portanto, investir em tecnologia e técnica processual é o caminho para uma advocacia mais ágil, precisa e eficiente. O agravo de petição, quando bem elaborado, se torna não apenas um recurso, mas uma poderosa estratégia de defesa na execução trabalhista.
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