Atualmente, a inteligência artificial já beneficia o Direito: ela ajuda profissionais autônomos e escritórios a otimizar processos, reduzir custos e oferecer resultados superiores aos clientes.
Logo, entre os principais ganhos estão: a automação de tarefas repetitivas; a análise de dados com alta precisão; a realização de pesquisas de jurisprudência de forma confiável e ágil; bem como o suporte a decisões mais assertiva. Dessa forma, os advogados passam a contar com mais tempo para uma atuação mais estratégica e eficiente.
E para comprovar que o Direito efetivamente colhe vantagens do uso das ferramentas de inteligência artificial, nada melhor do que os dados estatísticos trazidos por levantamentos sérios. É exatamente o que nos traz a pesquisa “Impacto da IA generativa no Direito: panorama sobre adoção e percepções”.
Além disso, trata-se do primeiro panorama setorial que contribui para a análise dos impactos que a inteligência artificial traz para a área jurídica. Neste blog post, vamos tratar dos valiosos insights trazidos pelo estudo sobre a revolução que as plataformas baseadas no conceito de IA generativa representam para a advocacia.
- Contexto da pesquisa: realização, objetivos e perfil dos participantes
- Quem realizou a pesquisa e por quê?
- Perfil dos participantes
- Principais achados sobre o uso de inteligência artificial no Direito
- Adoção e percepção de impacto
- Ganhos percebidos em produtividade e qualidade
- Barreiras, medos e resistência à tecnologia
- O que a pesquisa indica sobre o futuro da IA no Direito
- Crescimento esperado e novas oportunidades
- A importância da capacitação e uso consciente
- Como a Cria AI se alinha a esse novo cenário
- Engenharia jurídica como resposta às preocupações do setor
- Plataforma pensada para confiabilidade e precisão
- Conclusão e onde acessar a pesquisa completa
Contexto da pesquisa: realização, objetivos e perfil dos participantes
Para começar bem nosso passeio pelos importantes indicativos apresentados pelo estudo, vale a pena situar os princípios que guiaram a realização da pesquisa.
Quem realizou a pesquisa e por quê?
Juntas, OAB SP, Trybe, Jusbrasil e ITS Rio conduziram a pesquisa para traçar um panorama da adoção e das percepções sobre IA Generativa no Brasil. A iniciativa mapeou oportunidades e desafios do uso produtivo, ético e responsável da tecnologia, enriquecendo o debate com quem vivencia essa inovação.
Os responsáveis pelo levantamento distribuíram um formulário online em seus canais digitais, e operadores do Direito de todo o Brasil o responderam voluntariamente. Mais de 1.500 profissionais, em sua maioria já adeptos do uso da tecnologia, compartilharam suas experiências com o uso de IA na rotina de trabalho.
Perfil dos participantes
Para dimensionar quem participou do levantamento sobre IA generativa no Direito, convém conhecer brevemente o perfil dos profissionais entrevistados. Vamos a elas?
- Faixa etária: na sua maioria, os respondentes têm mais de 35 anos, o que também indica um alto nível de experiência profissional. A distribuição das faixas etárias é a seguinte:
- 35 a 44 anos — 23%
- 45 a 54 anos — 27.7%
- 55 a 64 anos — 21,6%
 
- Gênero: em relação ao gênero, 56% são homens e 43% são mulheres.
- Formação acadêmica: o nível de escolaridade dos profissionais que participaram da pesquisa é elevado, com 71% dos respondentes possuindo pós-graduação, mestrado e/ou doutorado.
- Renda familiar: a renda média dos advogados pesquisados é superior à média brasileira: 27% ganha acima de R$ 15 mil, e 22% entre R$ 8 mil e R$ 12 mil.
Áreas de atuação: nesse quesito, o perfil também é diversificado: 44% são advogados autônomos e 26% trabalham em escritórios — sendo 28% desse contingente formado por advogados plenos e 24% por sócios. Entre os profissionais do setor público, 32% são assessores jurídicos.
Principais achados sobre o uso de inteligência artificial no Direito
Dessa forma, traçadas as características dos operadores jurídicos que voluntariamente responderam ao formulário que originou o relatório do estudo, é hora de apresentar os elementos de percepção mais significativos sobre a adoção de inteligência artificial no Direito.
Adoção e percepção de impacto
O estudo desenvolveu duas linhas de análise importantes para compreender o potencial de penetração das ferramentas de IA jurídica, bem como a percepção de seu impacto pelos operadores do Direito, conforme apresentamos a seguir:
Quanto à adoção, são delineados três perfis:
- Usuários frequentes: aqui estão presentes os advogados que utilizam IA na rotina de trabalho diária ou semanal. Chama a atenção que 55% dos respondentes estão enquadrados nessa categoria. Ou seja, mais da metade dos profissionais utilizam a tecnologia, com os seguintes objetivos: análise, resumo e criação de documentos e peças jurídicas, além da realização de pesquisas de doutrina e jurisprudência.
- Pouca adesão: aqui se enquadram 16,1% dos profissionais que declararam utilizar a IA Generativa raramente. Como fatores determinantes da baixa adesão, aparecem a falta de capacitação e o pouco incentivo organizacional, provavelmente aplicado ao trabalho em escritórios ou órgãos públicos.
- Sem adesão: um grupo de 28,8% dos respondentes não utiliza a IA Generativa em sua rotina profissional. Como motivos para tal escolha, surgem novamente a falta de capacitação e de incentivo das organizações.
Quanto à percepção de impacto, o estudo apresenta outros três perfis:
- Entusiasta: composto pelos profissionais da área jurídica crentes no potencial da IA para modernizar a rotina e trazer eficiência ao trabalho.
- Neutro: no qual se enquadram os respondentes que reconhecem os benefícios da IA generativa para o Direito, mas apontam desafios para a integração às atividades rotineiras, vendo, por exemplo, a necessidade da supervisão humana.
- Cético: como indica o próprio relatório da pesquisa, são os que enxergam mais desafios que oportunidades na adoção de IA generativa.
Ganhos percebidos em produtividade e qualidade
Como a pesquisa foca nas percepções dos profissionais sobre o uso da inteligência artificial no Direito, vale revisar as vantagens que os próprios respondentes do formulário online apontaram. Assim, os principais benefícios apontados são:
- Redução de tempo: a agilidade, relacionada à eliminação de tarefas repetitivas, é um fator de ganho bastante destacado. No recorte de perfil entusiasta, por exemplo, esse aspecto foi citado por 74% dos respondentes.
- Aumento de produtividade: profissionais e instituições veem a IA como uma ferramenta poderosa para aumentar a produtividade. Entre os respondentes de perfil neutro, 42% observam melhorias na gestão do tempo e das tarefas.
- Melhora na qualidade: A qualidade dos documentos jurídicos produzidos e revisados também é citada como um benefício. Para 64% dos profissionais com perfil entusiasta, a IA generativa potencializa a qualidade das peças e documentos jurídicos.
Barreiras, medos e resistência à tecnologia
Apesar dos benefícios, há precauções e barreiras significativas, especialmente entre os perfis neutro e cético, e também entre aqueles mais reticentes em adotar a inteligência artificial.
- Preocupações éticas: este é um ponto central, bastante relacionado a fatores como vieses e a subjetividade das ferramentas de inteligência artificial do Direito. Os profissionais de perfil cético, como se pode imaginar, são os mais preocupados com esses fatores: 54% apontam prevenções quanto a vieses e decisões automatizadas, e 69% enxergam possíveis comprometimentos quanto à qualidade do trabalho jurídico.
- Falta de supervisão humana adequada: a dependência excessiva das ferramentas de IA é outro elemento de resistência, bem como é ressaltada a importância da intervenção humana. Mesmo entre os respondentes entusiastas, a crença na inteligência artificial, quando há intervenção humana para garantir precisão, chega ao índice de 68%. Um número muito maior que os 27% que atestam a precisão e confiabilidade da AI, mesmo sem intervenção humana.
- Falta de capacitação: a ausência de treinamento é uma barreira crucial que, por sinal, aumenta quando o índice de uso e abertura à adesão é menor. Boas provas disso são os dados indicando que 71% dos usuários frequentes já se capacitaram, enquanto 67% dos respondentes que se disseram céticos nunca se dedicaram a tal aprendizado.
O que a pesquisa indica sobre o futuro da IA no Direito
Quanto ao que esperar em termos de tendências para a inteligência artificial no Direito, a pesquisa apresenta duas linhas fundamentais de análise.
Crescimento esperado e novas oportunidades
Nesse sentido, o conjunto de dados apurados pelo levantamento aponta um futuro de expansão para a IA generativa no Direito. Em sua seção de considerações finais, o relatório do estudo indica que 93 % dos respondentes acreditam que o uso dessa tecnologia crescerá no próximo ano. Portanto, essa métrica aponta para o otimismo crescente quanto ao papel potencializador da rotina de trabalho cumprido pelas IAs jurídicas.
A importância da capacitação e uso consciente
Um dos achados mais importantes do relatório, em termos de tendências, está relacionado à correlação direta entre capacitação e adoção/percepção positiva da IA, como indica a seção de barreiras deste blog post. Portanto, quando se trata de futuro, fica sublinhada a necessidade urgente de programas de capacitação para que os profissionais do Direito desenvolvam as habilidades necessárias para utilizar a IA de forma eficaz, ética e consciente. O futuro da IA no Direito dependerá de um equilíbrio entre a inovação tecnológica e a supervisão humana inteligente, garantindo que a tecnologia seja uma aliada e não uma ameaça.
Como a Cria AI se alinha a esse novo cenário
Desse modo, diante dos insights apresentados pela pesquisa, plataformas como a Cria.AI surgem como soluções pensadas para atender às necessidades e preocupações do setor jurídico. Como evidência disso, vale destacar os pontos fortes da nossa plataforma em relação às preocupações apontadas pelos profissionais respondentes do estudo apresentado neste blog post.
Engenharia jurídica como resposta às preocupações do setor
As prevenções com vieses, subjetividade e a necessidade de supervisão humana destacadas no relatório ressaltam a importância de uma “engenharia jurídica” robusta no desenvolvimento de soluções de IA. Por isso, na Cria AI, o foco não se restringe à eficiência. É uma plataforma desenvolvida para garantir qualidade e confiabilidade ao trabalho de produção de peças jurídicas.
O rastreamento inteligente dos parâmetros legislativos mais recentes, nos maiores ecossistemas jurídicos do Brasil, embasa a peça. O que também garante peças fundamentadas em jurisprudências reais e atualizadas, tendo em vista a pesquisa nos tribunais de todo o país.
Plataforma pensada para confiabilidade e precisão
A confiança na IA é um fator decisivo para sua adoção, especialmente no Direito, onde a precisão das informações é crucial. A Cria.AI é desenvolvida com um foco rigoroso em:
- Validação humana: o usuário revisa e edita as peças jurídicas geradas automaticamente, garantindo a validade e a confiabilidade dos documentos.
- Informações confiáveis: neste sentido, cabe ressaltar que o sistema de rastreamento da Cria IA é baseado em fontes jurídicas verificadas e atualizadas. O usuário passa longe do risco de informações imprecisas que preocupa os advogados.
- Transparência: buscamos oferecer clareza sobre como os resultados são gerados, permitindo que os usuários compreendam o raciocínio por trás das sugestões da IA e tomem decisões informadas.
Além disso, tudo isso acontece a partir de uma dinâmica de uso totalmente descomplicado, que permite economia de tempo de 70 % a 80 % no processo de redação das peças jurídicas.
Conclusão e onde acessar a pesquisa completa
A primeira pesquisa sobre a adoção da IA Generativa no Direito brasileiro oferece um panorama claro: os profissionais veem a tecnologia com otimismo e consideram inevitável seu crescimento. Contudo, a capacitação e a garantia de um uso ético, supervisionado e confiável são pilares essenciais para o sucesso dessa transformação. Um caminho que a Cria AI ajuda a percorrer com segurança.
Para acessar o relatório completo do estudo “Impacto da IA generativa no Direito: panorama sobre adoção e percepções”, clique neste link. Vale a pena conferir os insights.





